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Material orienta quanto a casos graves, medicamentos, cuidados com gestantes, exames, tratamento e ações de vigilância

O Ministério da Saúde publicou nesta sexta-feira (23) guia clínico para manejo da chikungunya, voltado a profissionais de saúde, para avaliação dos casos no País.

O guia aborda fases de evolução da doença (aguda, subaguda e crônica) e intervenção em cada uma. O material orienta ainda quanto a casos graves, cuidados com gestantes, medicamentos recomendados, exames necessários, bem como tratamento e ações de vigilância.

Confira aqui o documento na íntegra.

“Como a chikungunya é uma doença nova, é fundamental aprimorar informações e capacitar profissionais para permitir uma assistência mais qualificada às pessoas que apresentarem consequências dessa infecção”, destacou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

O novo manual incorpora a experiência dos profissionais de saúde desde a publicação do anterior, no início de 2015. Ele permite diferenciar, com mais precisão, um caso de chikungunya de outros agravos suspeitos e iniciar imediatamente o tratamento correto.

Outro destaque é o manejo terapêutico da dor, que informa medicamentos e cuidados mais indicados em cada condição clínica.

O guia também traz orientações sobre a notificação de casos e óbitos. Todo caso suspeito de chikungunya deve ser notificado ao serviço de vigilância epidemiológica, conforme fluxo estabelecido em cada município.

Óbitos suspeitos são de notificação imediata e profissionais devem comunicar às Secretarias Municipais de Saúde em até, no máximo, 24 horas.

A doença

A chikungunya é causada pelo vírus de mesmo nome. Estudos mostram que cerca de 70% dos indivíduos infectados pelo vírus desenvolve os sintomas. O percentual é significativo quando comparado a males semelhantes. A doença persiste por até dez dias após o surgimento das manifestações clínicas.

A transmissão se dá por meio da picada de fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus infectados. Casos de transmissão vertical podem ocorrer e, muitas vezes, provocam infecção neonatal grave. Pode ocorrer também transmissão por via transfusional, considerada rara de acordo com protocolos analisados.

Os sinais e sintomas são clinicamente parecidos aos da dengue – febre de início agudo, dores articulares e musculares, cefaleia, náusea, fadiga e exantema. A principal manifestação clínica que a difere são as fortes dores nas articulações, que muitas vezes podem estar acompanhadas de inchaço.

No Brasil, foram notificados, até 10 de dezembro, 263.598 casos prováveis da doença. Neste ano, foram registrados 159 óbitos, nos estados de Pernambuco (54), Paraíba (32), Rio Grande do Norte (25), Ceará (21), Rio de Janeiro (9), Alagoas (6), Bahia (4), Maranhão (5), Piauí (1), Sergipe (1) e Distrito Federal (1).

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde